Tudo começa a se encaixar, ou até a ganhar um novo vigor
a partir dos seus primeiros resultados. Talvez discordes dessa afirmação,
dizendo que não é preciso esperar o “fruto” para que se admire a árvore.
Concordo em partes.
Não posso me esquecer de toda vontade e garra acumulados
antes mesmo do plantio. Um sonho nasce de um simples imaginar. Assim estava eu,
ao admirar aquela pequena semente em minhas mãos. Nascia então, meu sonho.
Dizem que a semente morre para nascer. Acompanhei isso na
prática. Tantas lutas e várias, repito, várias frustações. Às vezes queremos
que ela dê seus primeiros sinais sem que haja muita espera. Ousadia de nossa
parte imaginar que seu fruto virá belo e saboroso logo nos primeiros momentos.
São várias etapas, e essas, não podem ser puladas. Então você percebe que seu
“sonho” começa a dar indícios de que vai dar certo. A semente começa a florir.
Parece cedo para acreditar que ali é reservado um futuro fruto, ainda assim,
aquela garra acumulada faz com que todo esse processo, ainda por vir, seja
compensatório. Aos poucos essa árvore vai crescendo, bem devagar. Juntamente
com o crescimento, vêm os ventos, as chuvas, que parecem distorcer aquela
vontade toda.
Então a árvore cresce e esta se fortalecendo diante dos
nossos olhos. Logo no início te apresentei a questão de admirar, ou não, uma
árvore sem seus frutos.
Se não tivéssemos um foco naquilo que é o resultado
esperado, com toda a certeza te afirmo que desistiríamos facilmente. Afinal, o
que é que se espera de uma árvore? As folhas, que aparecem rapidamente, mas que
ao bater um vento, caem ao chão e logo se dispersam ou um fruto?
Que nosso sonho não seja comparado a essas folhas
passageiras, que estão sujeitas, a qualquer momento a escapar de nossa árvore, mas
sim no fruto, nascido de um simples imaginar.
Se estas a admirar a árvore com suas folhas somente,
ainda, como eu, te convido a se lembrar daquele imaginar que te impulsionou a
chegar aonde estas!
Nosso sonho pode ir muito além ainda. Um dia compartilharemos
da colheita, garanto!